3 de nov de 20212 min
Atualizado: 28 de jul de 2022
No último domingo (31|10) começou em Glasgow, na Escócia, a COP-26, principal cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) para debater questões relacionadas ao clima.
A 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, segundo António Guterres, secretário-geral da ONU, é a “última chance de – literalmente – virar a maré”, referindo-se às mudanças climáticas que já afetam o mundo.
Relatório divulgado no início de outubro pelo *IPCC, da ONU, não deixa margem de dúvida:
O estudo aponta que a temperatura da superfície global da Terra subiu 1,09 ℃ entre o período de 1850-1900 e a última década.
O Relatório Especial do IPCC sobre Mudança Climática, aborda desertificação, terra degradação, gestão sustentável de terras, segurança alimentar e fluxos de gases de efeito estufa em ecossistemas terrestres.
Mostra que a velocidade com que o CO₂ atmosférico aumentou desde o período da Revolução Industrial (1750) é pelo menos dez vezes mais rápida do que em qualquer outra época durante os últimos 800 mil anos, e entre quatro e cinco vezes mais rápida do que durante os últimos 56 milhões de anos.
O Acordo de Paris surgiu na COP21 (2015), quando os países participantes assumiram o compromisso de apresentar seus planos e o quanto reduziriam suas emissões, e a cada cinco anos voltarem com um plano atualizado que deveria trazer novas metas possíveis.
O problema é que os compromissos estabelecidos em Paris não chegaram nem perto de limitar o aquecimento global a 1,5 grau.
O relatório aponta ainda que, se o aquecimento global ultrapassar o limite de 2º Celsius estabelecido no Acordo de Paris, provavelmente as terras férteis se transformarão em desertos. Haverá um colapso das infraestruturas com o degelo do permafrost, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados, e a seca e os fenômenos meteorológicos extremos colocarão em risco o sistema alimentar.
No evento de abertura da COP26, o primeiro-ministro Boris Johnson declarou que “A humanidade tem, há muito tempo, corrido com o relógio das mudanças climáticas. Estamos a um minuto da meia-noite e precisamos agir agora”.
Veja a fala de Boris Johson na abertura da COP26, em transmição pela CNN Brasil:
“Se não falarmos sério sobre mudanças climáticas hoje, amanhã será muito tarde para nossos filhos o fazerem”
Boris Johnson
A ativista Greta Thunberg não está na programação oficial da COP26, mas protestou junto a ativistas em Londres, na sexta-feira (29), por medidas mais efetivas contra as mudanças climáticas no planeta e participou de um protesto nas ruas de Glasgow na Escócia nesta segunda-feira (1º).
Para o jornal “The New York Times” Greta declarou:
"Alguns compromissos firmados pelos governantes em Glasgow poderão afetar diretamente o nosso dia a dia.
Eles podem determinar, por exemplo, se você vai dirigir um carro a gasolina ou elétrico num futuro próximo"
Veja mais em UOL |ECOA |ÚLTIMAS: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/10/30/o-que-e-a-cop26-e-como-ela-afeta-a-sua-vida.htm?cmpid=copiaecola
FONTES:
* Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)
RELATÓRIO CLIMATE AND LAND – IPCC: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/08/4.-SPM_Approved_Microsite_FINAL.pdf
REDE BRASIL ATUAL: https://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2021/08/ipcc-alerta-mudancas-climaticas-irreversiveis/
NOTÍCIA ALTERNATIVA: https://noticiaalternativa.com.br/permafrost/
UOL|ECOA|ÚLTIMAS: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/10/30/o-que-e-a-cop26-e-como-ela-afeta-a-sua-vida.htm?cmpid=copiaecola