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No dia da Amazônia, muito pouco a comemorar



O Brasil engloba cerca de 60% da bacia amazônica, que cobre 49% do território nacional em nove estados (Amazonas, Pará, Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, parte do Tocantins e parte do Maranhão).


Segundo matéria no site The Nature Conservancy a Amazônia caminha para o ponto de não retorno e poderá se tornar uma savana.

Só será possível evitar maior destruição do que já estamos vivenciando se houver um esforço integrado e urgente.


Os ciclos naturais estão alterados, fazendo oscilar um delicado equilíbrio que afeta os níveis local, regional e até global e que se aproxima cada vez mais de um ponto de não retorno. No cenário atual, isso significa menos de 20 anos.



TUDO ESTÁ INTERCONECTADO


A matéria fala ainda sobre uma edição de 2018 da revista ScienceAdvances onde os professores Thomas Lovejoy, da Universidade George Mason, membro da Fundação das Nações Unidas, e Carlos Nobre, cientista climático do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de São Paulo, alertaram que a perda de apenas 20 a 25% da área florestal poderia levar a Amazônia a um ponto de não retorno, tornando impossível impedir sua transição para um ecossistema mais seco, semelhante a uma savana.


A situação requer ações urgentes e a concertação e sinergia entre os setores público e privado e a sociedade civil.


Amazônia - TNC Brasil.


Um dos exemplos que a TNC dá como possíveis soluções sob o princípio de que desenvolvimento e meio ambiente podem andar de mãos dadas é o trabalho desenvolvido em São Félix do Xingu, no estado do Pará, a iniciativa chamada Cacau Floresta que ajuda os agricultores locais a adotarem metodologias mais sustentáveis.




CACAU FLORESTA Trabalhando com pequenos agricultores para proteger a Amazônia.



Já o rio Tapajós é um rio que nasce no estado do Mato Grosso, banha parte do estado do Pará e desagua no rio Amazonas, em frente à cidade de Santarém a cerca de 695 quilômetros de Belém.


Segundo o TNC, com a expansão crescente do agronegócio e a diversidade de investimentos em logística de transporte de cargas, energia e mineração, a bacia do Tapajós é uma nova fronteira de desenvolvimento que reproduz a dinâmica encontrada na Amazônia. Se por um lado a dimensão econômica tem oportunidades de crescer exponencialmente, as dimensões social e ambiental são negativamente impactadas resultando em perda de habitats, áreas protegidas ameaçadas de redução, comunidades indígenas sujeitas a vulnerabilidades acrescidas, conflitos agrários e sociais com perpetuação do ciclo de pobreza.


“O Tapajós tem uma biodiversidade sem igual, além da forte presença de indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais e com vários projetos de infraestrutura chegando. Um lugar onde tudo está acontecendo, por isso é tão único”.

KAREN OLIVEIRA Gerente de Infraestrutura - TNC Brasil



Encontrar o equilíbrio certo entre essas forças é fundamental para o desenvolvimento de uma solução sustentável para o futuro da Amazônia. A TNC acredita que esta transformação sistêmica é possível por meio da ação colaborativa construindo um modelo de desenvolvimento sustentável amplo e inclusivo.


TAPAJÓS Protegendo a mais dinâmica das bacias hidrográficas da Amazônia


Ricardo Abramovay, professor Sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP (entre outros títulos), em seu livro AMAZÔNIA – por uma economia do conhecimento da natureza – já em seu texto de apresentação contesta a visão de que o crescimento econômico na região supõe a substituição de áreas florestais por atividades agropecuárias tradicionais como soja e a pecuária. Mostra também que a destruição florestal, além de privar o Brasil e o mundo de serviços ecossistêmicos indispensáveis à própria vida, apoia-se em atividades ilegais e, com muita frequência, no banditismo.


As consequências do avanço do desmatamento são desastrosas para a economia da Amazônia e para a própria democracia brasileira. No lugar de laços de confiança que poderiam emergir como resultado da exploração sustentável da floresta em pé, o atual modelo de ocupação da Amazônia fortalece a criminalidade e dissemina a insegurança por toda a região.


Saiba mais sobre o Ricardo Abramovay: http://ricardoabramovay.com/


QUEIMADAS:

A TRAGÉDIA DE 2019 SE REPETE EM 2020


Também a WWF nos lembra que na data de celebração de um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta é também importante ressaltar a importância da conscientização da conservação da floresta em 2020.


Em seu site muita informação: “Grande parte das queimadas no bioma é criminosa e consequência direta do desmatamento, que avança cada vez mais rápido por causa do roubo de terras públicas, invasão de garimpeiros e exploração ilegal de madeira, entre outros. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, houve 33% mais desmatamento do que no mesmo período de 2019, ano em que uma área de floresta equivalente a oito vezes a cidade do Rio de Janeiro foi derrubada.


A crise das queimadas na Amazônia parece não ter fim. Este ano, vimos novos recordes de incêndio na região, causados também pelo desmatamento.



A WWF acredita que mudar este cenário é possível, mas é preciso que cidadãos brasileiros, organizações da sociedade civil, empresas e governos se unam pelo fim do desmatamento e das queimadas, que só será viabilizado com o aumento da fiscalização e penas mais duras contra quem não respeita a lei.


O vídeo da WWF Em defesa da Vida. Nossa Vida! ressalta que a natureza é patrimônio de toda humanidade e todas os impactos humanos que ela sofre, afeta cada um de nós.





A matéria TNC sobre o Tapajós está aqui: https://www.tnc.org.br/o-que-fazemos/nossas-iniciativas/tapajos-3d/

O livro AMAZÔNIA de Ricardo Abramovay você encontra aqui: https://www.editoraelefante.com.br/produto/amazonia/



Veja também: Pedro Paulo Diniz, Sócio Fundador da Fazenda da Toca e Rizoma explica que tudo uma árvore grande (na Amazônia) é capaz de transformar em um ciclo de mais de mil litros de água no ar por dia. A agricultura orgânica deveria evoluir muito em termos de manejo e equipamentos para atingir a larga escala.





 











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