Dia 1° de março, foi celebrado o “Dia Mundial dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis”, um trabalho fundamental para mitigar a produção de lixo que nosso dia a dia gera.
A diminuição do impacto ambiental ao reduzir a quantidade dos resíduos que são enviados aos aterros sanitários, além de proporcionar a possibilidade de um novo ciclo de vida dos materiais recolhidos, economizam recursos naturais que servem de matéria-prima.
O trabalho dos catadores e catadoras é essencial para o desenvolvimento sustentável do planeta ao contribuir para a logística reversa de materiais recicláveis.
O advogado especialista em Direito dos Resíduos, Fabrício Soler explicou a importância da coleta seletiva e o impacto dos rejeitos nos aterros sanitários em seu depoimento para o documentário “Cultura do Desperdício” (2017).
Apesar de ainda predominar o trabalho informal na categoria, os catadores tiveram seu trabalho regulamentado como profissão em 2002, através do registro na Classificação Brasileira de Ocupações, o que foi um grande avanço no reconhecimento dos seus diretos.
“Uma história de superação e determinação, mas também de discriminação e exclusão social na vida de cada catador que busca o sustento de sua família recolhendo o descarte de todos”.
Segundo publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) - “Cooperativas e o mundo do trabalho nº 12 " os catadores enfrentam ambiente de trabalho perigoso, falta de segurança e saúde ocupacional, baixa remuneração e posição fraca em relação aos intermediários, exclusão de processos de licitação e contratação de gestão de resíduos nas cidades e por pertencerem a grupos socialmente desfavorecidos e vulneráveis sofrem discriminação e os mais diversos preconceitos.
No mesmo documentário “Cultura do Desperdício”, Cido Martins - Supervisor da Associação Recilázaro - falou da importância das cooperativas no processo de reciclagem que além de recuperar plástico, papel, vidro e alumínio, é capaz de reciclar seres humanos resgatando sua dignidade promovendo trabalho decente, redução da pobreza e inclusão social.
Ao retirarem toneladas de resíduos das casas, comércios, ruas e margens de rios, todos os dias, os catadores prestam um importante serviço ambiental, asseguram o equilíbrio ecológico e evitam danos ambientais e geram impacto na redução de emissão de gases no meio ambiente.
AMOR E CUIDADO COM A NATUREZA, UM EXEMPLO PARA TODOS NÓS.
O agente de saneamento ambiental Fábio Prado, conhecido como “Fula” criou o coletivo “Psicoletores” que ganhou destaque quando o grupo que fazia coleta voluntária de resíduos se reuniu para uma ação de protesto contra a poluição nas praias, no trecho conhecido como Serrinha da Enseada (São Sebastião – SP), expondo em um varal 600 máscaras de proteção facial encontradas.
Faz parte da rotina diária do ativista “Fula” em seu tempo disponível, coletar latas, sacolas plásticas e todo lixo que banhistas sem consciência deixam nas praias da região.
Ele nos contou que pela dificuldade de levar o material coletado na praia para locais de descarte, resolveu criar um carrinho equipado com diversas ferramentas que facilitam o trabalho e aumenta a capacidade de coleta do ativista em cada ação.
Entre os “achados” de “Fula” ele destaca uma embalagem de cerveja encontrada no manguezal com data de fabricação de 18|05|1985.
“Já imaginou? São quase 37 anos que este objeto está poluindo a nossa praia”!!
Fábio “Fula” – Ativista e Catador voluntário
SERVIÇO:
Em São Paulo existem diversos EcoPontos.
Clique na imagem e encontre o local mais perto de sua casa e confira o que é permitido levar aos pontos de entrega voluntária.
CONTE PARA NÓS SE NA SUA CIDADE TEM
ECOPONTO ;)
FONTES:
Documentário "Cultura do Desperdício" - Por uma sociedade mais consciente. Assista na integra no link: https://youtu.be/EDBEDtGH-8k
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