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Âncora 2
Âncora 1

Uma andorinha só não faz verão, mas pode acordar o bando todo


Alguns amigos estudantes, preocupados com a falta de acesso à livros pela comunidade das

Casinhas no Parque Novo Mundo, Zona Norte de São Paulo, tiveram a ideia de criar uma

biblioteca ambulante em uma praça mal aproveitada da comunidade.


Na inauguração desta biblioteca comunitária, o sarau Vozes Poéticas (VOPO) realizou um

evento onde declamaram poesias com a temática periférica comunidade.


Tornar as cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.


João Marcelo, morador do bairro e estudante do curso de Gestão Ambiental da Escola de Artes

Ciências e Humanidades da USP, conversou com outros estudantes de seu curso, que se

empolgaram em participar das atividades de revitalização da praça, e formaram o coletivo

Semeadores do Novo Mundo.

Caio Mateus e Enzo Carcavalli nos mostraram a biblioteca no mural Carolina de Jesus

A artista plástica Vane Araújo criou o mural que em homenagem a Carolina de Jesus, passou a

ser o nome informal da “nova” praça.


Os ativistas Caio, Enzo e João Fegadolli conversaram com os curadores do portal “É conosco” e

explicaram que apenas a biblioteca não impedia o descarte de entulho na região, então

iniciaram a construção de caixotes para a produção de alimentos no trecho da avenida que

cruza a praça.


"... só sendo sementes poderemos ver rebrotar a

transformação verídica, abundante e insurgente, a cada

manejo ver florir a solidariedade, plantar em corações

desolados a felicidade ..."

Trecho de um dos poemas recitados no coletivo



A partir daí, focaram na revitalização da própria praça, que até então possuía um solo rochoso,

mas com o manejo agroecológico se tornou fértil para o plantio de variedades como boldo,

vinagreira (hibisco), feijão-de-porco, batata doce, capim-santo, ora-pro-nóbis e vários outros

cultivares que ainda virão.



Aos sábados, recolhem na feira material que iria para o lixo, como pallets, restos de hortaliças, vegetais e frutas, para reuso na adubação das praça e confecção de cercas para os canteiros.


O novo visual inibiu o descarte indevido de entulho no local. Agora começaram a trabalhar o manejo agroecológico nas margens do córrego que passa do outro lado da avenida.




Com o trabalho que vem sendo feito, as crianças do bairro voltaram a frequentar a praça, e o

projeto vem se expandindo para outras praças e espaços públicos no entorno.


Leitura para crianças na praça

A principal preocupação do Coletivo é saber o que é importante para a comunidade e para isso

começaram a cadastrar os moradores e identificar quais os desejos e necessidades da

comunidade, gerando aproximação e descobertas.


Membros do Coletivo Semeadores do Novo Mundo cadastram moradores

Ao entenderem os objetivos do projeto alguns moradores estão virando colaboradores,

ajudando, por exemplo, com a doação de óleo usado para os integrantes do coletivo

confeccionarem sabão caseiro. Essa atividade já está gerando receita para outros projetos

mostrando o lado solidário da comunidade que cada vez mais colabora com as iniciativas, seja

auxiliando nos manejos ou até levando suco para os jovens que trabalham nos canteiros.


Ao Infinito e Além


A insegurança alimentar, a educação ambiental e a voz poética na comunidade estão nas

preocupações do Coletivo que está levando a consciência da importância de plantar para

diminuir a dependência de compra de alimentos.


Já está sendo preparado uma estrutura de organização que permita a evolução para uma

associação onde ganharão força para pleitear apoio do poder público.


 





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