Sem a pretensão de converter ninguém, o filme Minimalismo: Um documentário sobre as coisas importantes – conta como foi o despertar Ryan Nicodemus e Joshua Fields Millburn para o minimalismo, desde o insight ainda como jovens executivos, até 5 anos depois quando lançaram o livro Minimalism: Live a Meaningful Life (2011).
De alguma forma, ambos perceberam que os padrões de sucesso onde o ter é mais importante que o ser não os satisfazia e foram buscar a felicidade fora da aprovação dos outros.
Documentário "Minimalism: A Documentary About the Important Things" (2015)
O documentário traz dados interessantes como a explosão de consumo das famílias americanas no início dos anos 90 onde a despesa doméstica média que nos anos 60 estavam por volta de 5 mil dólares chegou a 40 mil dólares em 2002 | 2003.
Fonte: Documentário Minimalism (2015)
Mostra o desperdício de espaço para guardar coisas que não usamos não só em nossas casas. A indústria de armazenamento (storage) nos EUA é de 2,2 bilhões de metros quadrados (essa moda já chegou ao Brasil) e mostra que vivemos nossas vidas de acordo com o espaço que temos ao invés de criarmos o espaço que se ajustará à nossa vida.
A OPÇÃO “TINY HOUSE” NÃO É PARA FRACOS
(MAS É POSSÍVEL VIVER COM MENOS E SER FELIZ)
Graham Hill, um dos entrevistados, menciona sua consultoria de projetos LIFE EDITED que mostra que é possível viver bem em uma pequena casa ou apartamento aplicando conceitos e tecnologia inteligentes, para uma vida gratificante dentro de suas possibilidades financeiras e ambientais.
Transforming Micro Apartment
Somos muito materialistas no sentido corriqueiro, mas pouco materialistas no sentido real da palavra que seria dar valor e nos importarmos de fato com bens materiais e não com seu significado simbólico ou status que transmitem baseados na propaganda ou mídia.
Veja por exemplo o setor da moda, que teoricamente poderia ter duas estações (frio e calor) e que nos dias de hoje trabalha num ciclo de 52 estações por ano. A ideia é fazer você se sentir fora de moda a cada semana para comprar algo novo... Isso não pode ser sustentável ou sequer sadio.
Este conceito migrou para o mercado de bens domésticos tornando utilitários do dia a dia em produtos de “moda”.
Ao final do documentário a mensagem que fica é:
AME AS PESSOAS E USE AS COISAS,
O CONTRÁRIO NUNCA DÁ CERTO.
Leo Babauta, autor de O Poder do Menos. A Ilustre arte de se limitar ao essencial... (2009) acredita que o conceito de moda gera uma fome insaciável por novidades que não preenchem o vazio. É uma busca sem fim.
E este consumo irracional que não traz felicidade também está causando a degradação do meio ambiente ao alimentar as indústrias que produzem o que não precisamos.
Um dos pioneiros do movimento minimalista como forma de viver, Leo explica que a ideia não é sobre não ter, mas sim sobre viver com menos se desapegando de consumir coisas das quais você não necessita.
Leo Babauta - The Benefits of Minimalism
QUALIDADE X QUANTIDADE
CONSUMISMO: estilo de vida orientado por uma crescente propensão ao consumo de bens ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado simbólico (prazer, sucesso, felicidade), atribuído pelos meios de comunicação social.
Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus ajudam mais de 20 milhões de pessoas a viver vidas significativas com menos por meio de seus sites, livros, podcast e filmes. Neste canal eles postam pequenos vídeos sobre minimalismo: https://www.youtube.com/theminimalists
Leo Babauta: autor de diversos livros tem o blog Zen Habits sobre a implementação de hábitos zen na vida cotidiana.
MINIMALISMO: a palavra se refere a uma série de movimentos artísticos, culturais e científicos que percorreram diversos momentos do século XX e preocuparam-se em fazer uso de poucos elementos fundamentais como base de expressão: https://pt.wikipedia.org/wiki/Minimalismo .
