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O futuro verde vem do mar azul

Algas marinhas como inovação tecnológica - É conosco

O Portal É Conosco conversou com Wilson Nigri, CEO do AGRO SEA, para entender como a flora marinha pode revolucionar a produção agropecuária, reduzindo custos e impactando positivamente o meio ambiente. Essa iniciativa busca integrar o oceano ao agronegócio, trazendo soluções sustentáveis que podem transformar a forma como produzimos alimentos.


Algas marinhas, como inovação tecnológica, podem trazer enormes benefícios ao agronegócio brasileiro e aos esforços globais para redução dos gases de efeito estufa Wilson Nigri, CEO da AGROSEA

As algas marinhas realizam a fotossíntese com maior eficiência que as plantas no solo, convertendo energia solar em biomassa e absorvendo dióxido de carbono (CO₂) do ar. Quando aplicadas em áreas de produção agrícola, seja em larga escala ou na agricultura familiar, essas algas atuam como biofertilizantes naturais. Elas fornecem nutrientes essenciais às plantasse acrescentar minerais como cálcio e magnésio, o que pode reduzir a necessidade de fertilizantes químicos tradicionais, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis.


Do mercado financeiro ao potencial do mar


Engenheiro mecânico de formação, Wilson Nigri iniciou sua carreira no setor financeiro, trabalhando no Unibanco e estruturando IPOs para o mercado de capitais. Sua trajetória o levou a conhecer de perto o agronegócio, onde identificou oportunidades inovadoras. O encontro com um cientista que trabalhava com algas marinhas abriu caminho para um novo negócio: a produção de insumos a partir de algas para indústrias farmacêuticas, genéticas e cosméticas.


O desafio logístico e a sazonalidade das algas o levou a buscar soluções em outros países, culminando na criação da CIALGAS Andina no Chile. A busca por financiamento internacional esbarrou na insegurança de seus sócios, o que resultou na sua saída da empresa. Com capital em mãos e o aprendizado adquirido, Wilson direcionou seus esforços para a irrigação localizada no Brasil, introduzindo tecnologias israelenses para maximizar a produtividade agrícola.


A descoberta do papel central das plantas


Ao perceber que a eficiência da irrigação dependia diretamente da saúde das plantas, Wilson ampliou sua visão sobre a importância dos nutrientes e minerais na produção agrícola. Essa compreensão o levou a criar o AGRO SEA, com a proposta de utilizar algas marinhas para melhorar a produtividade do solo e reduzir impactos ambientais.


A partir dessa iniciativa, foram organizados debates reunindo cientistas, investidores e empresários. O primeiro encontro aconteceu no escritório de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e professor emérito da FGV, destacando a necessidade de unir conhecimento do agronegócio e do mar para criar soluções inovadoras.


O poder das algas no agronegócio


O AGROSEA trabalha com três variedades de algas com aplicações agrícolas promissoras:

LITHOTHAMNIUM - É conosco


LITHOTHAMNIUM: uma alga calcárea que melhora a estrutura do solo, sendo um insumo natural e orgânico, cuja extração é aprovada pelo IBAMA.


ASPARAGOPSIS TAXIFORMIS - É conosco

ASPARAGOPSIS TAXIFORMIS:

capaz de alterar a digestão dos ruminantes, reduzindo a emissão de metano, o que interessa a grandes produtores de gado.


KAPPAPHYCUS ALVARESII - É conosco

KAPPAPHYCUS ALVARESII: uma alga com propriedades fitosanitárias cultivadas contribuindo para a preservação da umidade em ambiente de altas temperaturas a preservação da umidade em ambiente de altas temperatura e nutrição agrícola.



Essas algas podem aumentar a produtividade sem necessidade de novas áreas de cultivo e ajudar na redução das emissões de gases de efeito estufa.


Conectando conhecimento e investimento


O primeiro evento piloto aconteceu em São Paulo e contou com cobertura da TV Band. O próximo será no Rio de Janeiro, berço da Eco 92, seguido por um terceiro encontro em Brasília, onde a COP 30 está sendo estruturada.


Além do Wilson Nigri, os eventos contam com curadoria do Professor Emérito da FGV, Roberto Rodrigues, do Dr. Alcides Lopes Tápias, advogado e ex- Ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e José Luiz Tejon, jornalista e uma das maiores autoridades nas áreas de marketing em agronegócio.


Rumo à COP 30: um novo modelo para o agro


O AGRO SEA está conduzindo provas de conceito com sete culturas agrícolas utilizando algas (florestas e pastagens, cana-de-açúcar, soja e cacau) e frutíferas (melão, banana, uva e manga), cujos resultados serão acompanhados por um comitê gestor composto por cientistas e acadêmicos selecionados pelos organizadores e técnicos e durante a COP 30 em Belém/PA, será divulgado o Relatório Final sobre todos os experimentos realizados.


O objetivo é demonstrar que as algas podem impulsionar a produtividade sem degradação ambiental.


O Embaixador Corrêa do Lago, declarou enxergar os oceanos e o AGRO SEA, com seus palestrantes, mediadores, debatedores e curadores como um capítulo impactante da COP 30 que será presidida por ele Wilson Nigri, CEO da AGROSEA

Wilson Nigri também destaca a importância de mudar a percepção do agronegócio brasileiro que apesar da necessidade de maior vigilância, conta com uma ótima legislação, mas é vítima de muitas notícias que tem a ver com interesses escusos, nos associando às queimadas e ao trabalho escravo.


A COP 30 é vista como uma oportunidade para apresentar um agro mais sustentável e inovador, entregando ao mundo soluções para que se contenha as emissões dos GEE.

Wilson Nigri, CEO - AGRO SEA - É conosco
Wilson Nigri, CEO - AGRO SEA

A ONU declarou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, e o AGRO SEA quer estar na vanguarda desse movimento, unindo sustentabilidade, inovação e impacto social. Com um olhar para o futuro, Wilson aposta no conceito de ROI Exponencial, onde o retorno financeiro anda lado a lado com o impacto positivo no meio ambiente e na inclusão social.



A revolução verde pode, sim, vir do mar azul

 

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