top of page
Âncora 2
Âncora 1

O novo consumidor está cada vez mais ligado ao propósito


Batemos um papo com Bryan Chiarello, Analista de ESG Senior na OdontoCompany; jovem motivado pelos pilares da Economia de Stakeholders e incentivador de empresas com diversidade e pautas sustentáveis.


Confira na íntegra como rolou essa entrevista:


É Conosco: Como você procura alavancar a agenda ESG nas organizações? Qual a importância delas aderirem ao Pacto Global da ONU e à Agenda 2030?



Bryan: Bom, na minha avaliação, a importância das companhias aderirem ao Pacto Global da Onu é, justamente, do fato de ser um pacto global e que já tem ações, 10 princípios muito bem direcionados e urgentes, questões que olham para os problemas de uma forma sistêmica e universal. A agenda 2030 traz também como uma das principais propostas os desafios da modernidade, considerando os desafios contra as mudanças climáticas, desigualdade social, corrupção e quanto isso afeta o ambiente de negócio e o desenvolvimento sustentável das organizações e economias locais. Então, acredito que aderir ao Pacto Global da Onu diz muito de como a empresa se relaciona com a agenda atual e urgente no que se refere a um mundo cada vez mais globalizado.


É Conosco: Qual a importância do aculturamento e letramento do conceito ESG para todos os stakeholders internos das organizações? Como a comunicação interna e externa influenciam nesse processo de geração de valor?


Bryan: Aqui é o principal pilar quando falamos de ESG. ESG precisa estar na cultura da companhia, precisa estar no topo da pirâmide para baixo, precisa estar na agenda diária dos CEO's, estar nas pautas dos Conselhos de Administração. Isso precisa, cada vez mais, ser integrado na estratégia do negócio, considerando o médio e longo prazo. Quando a gente fala de letramento e aculturamento para os públicos internos, a gente fala justamente de como essa pauta é uma mudança comportamental e sistêmica que veio para ficar. Para mim, a comunicação é um dos principais pilares dentro do avanço da agenda de ESG. A comunicação gera valor, a partir do momento que as pessoas se conectam com o propósito daquilo que as empresas estão fazendo, seja através de programas de diversidade, mitigação de impactos ambientais, integridade. Então, as pessoas estão cada vez olhando para essas questões e se identificando a partir daquilo que elas fazem com os seus colaboradores, fornecedores e sua cadeia de valor. Nada adianta você fazer um plano de comunicação robusto, com programas completos, se não houver um processo profundo de letramento e aculturamento de ESG dentro da organização.


É Conosco: Quais você acredita serem os novos propósitos de negócios? De que forma tal cenário se configura de modo que sustentabilidade, transparência e impacto social caminhem lado a lado?


Bryan: Acho que aqui tem uma palavra mágica: propósito. O novo consumidor está muito mais ligado com a questão do propósito. O ESG precisa estar no propósito da empresa. Ele precisa ser respeitado por todos no ambiente de negócio onde a companhia opera. Sustentabilidade, transparência e impacto social, a gente pensa, sobretudo, como trabalhamos isso com os ecossistemas que a companhia se relaciona diariamente. Como que vocês, que participam de um ecossistema, articulam uma agenda que possa levar impacto social positivo e que a integridade esteja no cerne do relacionamento com esses stakeholders? Fazendo com que esse ecossistema esteja fortalecido e que é capaz de gerar valor com seu público interno e externo e converge, cada vez mais, com as necessidades de um mundo moderno, onde nossos problemas são globais e com desafios interligados. Então, eu acredito que é assim que garantimos, de forma sistêmica, que sustentabilidade, transparência e impacto social caminhem juntos.


É Conosco: De que forma organizações podem buscar por soluções inovadoras que mitiguem os impactos ambientais?


Bryan: Hoje nos já dispomos de tecnologia - ainda precisamos de mais - mas já são capazes de mensurar e mitigar impactos ambientes, por exemplo, de geração de gases de efeito estufa. Então, primeiro passo: precisamos encarar isso como um fator relevante para companhia e, ainda assim, uma análise de risco. Estamos em um ambiente onde as ameaças climáticas estão mais frequentes e intensas. A gente precisa olhar para esse impacto ambiental e como a gente reduz, através de um plano que olhe, além do médio, o longo prazo. Não podemos deixar essa discussão para outro momento que não o agora.



Este texto foi criado através de transcrição da entrevista realizada por meio sonoro.

 



bottom of page