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Âncora 2
Âncora 1

Você consegue comprar somente o necessário?



A cultura do consumo e desperdício em que vivemos precisa ser substituída por uma nova proposta que introduza práticas mais sustentáveis diminuindo a poluição, estimulando à reciclagem e eliminando o desperdício.


A Revolução Industrial além de aumentar a capacidade de produção, contribuiu para o desenvolvimento de uma sociedade direcionada para o consumo.


Ao fim da segunda guerra mundial, vivemos um período de grande prosperidade e durante esse tempo, houve crescimento económico elevado em praticamente todo o mundo, incluindo países que foram devastados pela guerra como a Grécia, Alemanha Ocidental, França, Japão e Itália.


A SOCIEDADE DE CONSUMO SE TORNOU UM FENÔMENO DE MASSAS NO PÓS GUERRA


Antes da guerra, a maioria das roupas era feita sob medida por alfaiates, mas o aprendizado com a necessidade de produzir milhões de uniformes desenvolveu o conceito de tamanhos padrão incorporado na confecção de roupas civis, que passaram a ser vendidas “prontos para vestir” (prêt-à-porter).


Os trabalhadores que tinham acesso apenas aos itens básicos, foram se tornando, ao longo do tempo, também consumidores.


O acesso ao crédito para consumo, a explosão de novos utensílios domésticos e o surgimento das redes de supermercados com grande variedade de enlatados e ultra processados foram mudando nossos hábitos com a promessa de praticidade e ganho de tempo.


O artista plástico e cineasta Andy Warhol (1928-1987) foi um dos divulgadores da pop art, movimento que utilizava como tema objetos de consumo e meios de comunicação de massa.


Pop Art - Andy Warhol - Campbell's Soup Cans. 1962- Portal É conosco
Pop Art - Andy Warhol - Campbell's Soup Cans. 1962

O plástico sintético que foi desenvolvido no início do século XX, passou a ser descartável para atender a legislação americana de 1909 que proibia o uso de xícaras comunitárias em trens para evitar disseminação de doenças.


De lá para cá, foram desenvolvidas muitas variedades (poliestireno, polímeros acrílicos, nylon, isopor) que são material básico em indústrias como decoração, transporte, brinquedos, moda, informática e alimentos entre muitas outras.


Os plásticos, originados a partir de resinas derivadas do petróleo podem levar 500 anos para se decompor e o dano que causam ao meio ambiente é visível.


Plástico em manguezal - Portal É conosco
Plástico em manguezal

Mesmo a embalagem PET que é 100% reciclável e de baixo custo de produção, quando descartado indevidamente é nociva para o meio ambiente e para a saúde humana.


O microplástico é hoje um dos principais poluentes dos oceanos.


PRECISAMOS CRIAR CONSCIÊNCIA SOBRE A FORMA E A RAZÃO PELA QUAL CONSUMIMOS


O consumo sustentável é aquele que envolve a escolha de produtos que utilizaram menos recursos naturais em sua produção e que serão facilmente reaproveitados ou reciclados.

Numa escala maior de consciência, além disso, deve garantir emprego decente aos que os produziram.


Ao escolher de maneira consciente, responsável e com a compreensão de que sua escolha terá consequências ambientais e sociais, saímos da atitude passiva de comprar por impulso ou desnecessariamente.

Consumo consciente - Portal É conosco

O Mercado Livre, maior marketplace da América Latina com 211 milhões de usuários promoveu o estudo “Crescimento do Consumo Sustentável on-line”, que indica um crescimento significativo de buscas e compras na seção de produtos sustentáveis.


No último ano, 2,5 milhões de usuários de toda a América Latina compraram produtos com proposta sustentável – só do Brasil, foram 1,4 milhão de consumidores. No mesmo período, a plataforma registrou 150 mil novos compradores desta categoria na América Latina, dos quais 81 mil são brasileiros.


Os destaques foram para itens classificados como reutilizáveis, lixo zero, energia renovável e mobilidade sem emissões.


CONSUMO NÃO É SÓ QUE VOCÊ COMPRA


Consumo é também a água que você gasta, a energia que você usa e os alimentos que você ingere.


O Brasil tem forte dependência da água para gerar eletricidade e a irregularidade das chuvas no Sudeste já ameaça o abastecimento de água, e vai encarecer a conta de energia que você usa.


Racionamento e “apagão” já são mencionados no noticiário nacional e estão relacionados com nosso modo de viver no planeta.


Sem contar o desperdício de água e energia que estão embutidas nos processos de produção, transporte e armazenamento do alimento que consumimos.

No documentário A Água Que Falta (2019), Fabiana Alves - Head Corporate Bank Rabobank Brasil - falou um pouco sobre a responsabilidade de todos no consumo de água.


A RESPONSABILIDADE DE CADA UM


Quando produzimos, consumimos ou descartamos, devemos buscar o equilíbrio entre a satisfação pessoal e a sustentabilidade global.


A responsabilidade compartilhada é o conjunto de atribuições definidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) que começa nos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes e termina com as obrigações dos consumidores e dos serviços públicos de limpeza urbana para o manejo dos resíduos.


Aos poucos, o consumidor vai entendendo que não é apenas o produto em si que interessa, mas toda a cadeia que o trouxe até as prateleiras e o que vai acontecer com o resíduo. As empresas começam a medir seu sucesso não apenas pelo lucro, mas também pelo propósito e contribuição social.


Não é por acaso que o Pacto Global - ONU prega que a responsabilidade socioambiental é um compromisso, uma mudança que deve acontecer nas políticas das corporações e na cultura das empresas, pensando na preservação do meio ambiente e no mundo que será deixado para as gerações futuras.


POR UMA SOCIEDADE MAIS CONSCIENTE


O documentário “Cultura do Desperdício – Por uma sociedade mais consciente” (2017), tem como pano de fundo o desperdício de alimentos e aborda o consumo exagerado e descarte indevido entrevistando pensadores, ativistas, economistas e especialistas de diversos segmentos com o objetivo de atingir a sociedade como um todo, promovendo uma mudança de padrão cultural e a promoção da cidadania consciente.


Foi desenvolvido à partir de ideia original da Presidente da Ong Banco de Alimentos, Luciana Chinaglia Quintão e estreou na Virada Sustentável 2017, com realização da Conteúdos Diversos e patrocínio do Rabobank Brasil via Lei Rouanet.

O filme com 52 minutos foi licenciado pela Globosat e TV Cultura - Assista aqui na íntegra.


Ficha técnica: Produção: Conteúdos Diversos | Roteiro: Marcelo Melo | Direção Geral: Sérgio Lopes | Direção: Paula Galacini | Direção de Fotografia: Pichi Martirani | Produção Executiva: Silvia Prado | Direção de Produção: Joyce Abram Martirani | Montagem: Carlos e Paulo Suconic | Trilha: Input Criações Sonoras - Paulo Garfunkel, Vinícius Porto | Participação especial: Scowa.


 
ODS 12 - Consumo e Produção Sustentável - Portal É conosco






 

FONTES:

FOLHA DE SÃO PAULO - Negócio sustentável depende de empresa e consumidor: https://www1.folha.uol.com.br/seminariosfolha/2021/08/negocio-sustentavel-depende-de-empresa-e-consumidor.shtml

FOLHA DE SÃO PAULO - Empresas se comprometem com a descarbonização por conta própria: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/08/empresas-se-comprometem-com-a-descarbonizacao-por-conta-propria.shtml

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