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Depois da COP: nossas escolhas podem valer mais que discursos

  • Foto do escritor: É conosco
    É conosco
  • 4 de set.
  • 4 min de leitura
Jovens Ativistas - É conosco

Todos os anos, líderes mundiais se reúnem em grandes conferências para discutir o futuro do planeta. A COP — Conferência das Partes da ONU sobre mudanças climáticas — é o principal palco dessas negociações. Milhares de pessoas, entre autoridades, cientistas e ativistas, passam dias debatendo metas, acordos e compromissos para reduzir as emissões de carbono e frear o aquecimento global.


Linha do tempo decepcionante: compromissos no papel, crise no mundo real


1983 – Comissão Brundtland: ONU cria comissão que introduz o conceito de desenvolvimento sustentável, mas sem mecanismos práticos de implementação.

1992 – ECO-92 (Rio): Chefes de Estado reconhecem a necessidade de conciliar desenvolvimento e meio ambiente, mas ficam nas declarações de intenção.

1997 – Protocolo de Kyoto: Com 190 países participantes, prevê redução de 5,2% nas emissões até 2012, mas não foi ratificado por todos os países ndustrializados, limitando seu impacto.

2015 – Acordo de Paris: Mais de 190 países assinam compromisso de limitar o aquecimento a 1,5–2°C, porém as metas não têm sido cumpridas na prática.

2025 – COP30 (Brasil): Promete focar em transparência e implementação, mas repete a dificuldade histórica de transformar discussões em resultados concretos  (em agosto, apenas 61 países haviam confirmado presença).


O que realmente sai das conferências?


É inegável que eventos como a COP são importantes. Graças a eles, países assumem metas de descarbonização, fundos internacionais são criados para apoiar nações em desenvolvimento e temas urgentes como a preservação das florestas ou a transição energética ganham visibilidade global.


Por outro lado, quem acompanha de perto sabe que muitas promessas ficam no papel. As negociações são lentas, os interesses econômicos pesam e os compromissos raramente acompanham a urgência que a ciência exige. Daí surge a frustração: afinal, de que adianta tanto discurso se a realidade não muda na velocidade necessária?


Do palco global à mesa de casa


O que poucos percebem é que cada decisão tomada nessas conferências se conecta, de alguma forma, ao nosso dia a dia. O combate ao desmatamento não é apenas uma pauta ambiental: é o que garante água potável nas torneiras e estabilidade climática para a agricultura. A descarbonização e a transição para energias limpas não é apenas uma meta internacional: ela define quanto pagamos na conta de luz e o ar que respiramos nas cidades.


Em outras palavras: quando falamos em mudanças climáticas, não estamos falando de algo abstrato, mas de qualidade de vida. E esse elo entre o global e o local abre espaço para outra reflexão: qual é, afinal, o papel de cada um de nós nessa equação?


O papel (nem tanto) invisível do consumidor


Governos e empresas se movimentam, em grande medida, pressionados pelo comportamento da sociedade. Uma companhia só muda sua linha de produção quando percebe que seus clientes estão exigindo práticas mais sustentáveis. Um governante só prioriza políticas ambientais quando entende que isso terá impacto em votos ou em reputação.


É nesse ponto que o consumidor se torna um agente poderoso. A cada compra, a cada clique, a cada compartilhamento, reforçamos determinados valores e abrimos espaço para novos modelos de negócio. Foi assim que o consumo de orgânicos cresceu, que a energia solar se popularizou, que grandes marcas começaram a repensar embalagens e cadeias produtivas.


Pequenas ações, grandes impactos


Pode parecer pouco separar o lixo, economizar água ou levar uma sacola reutilizável ao mercado. Isso se potencializa quando mobilizamos a nossa comunidade para melhorar a vida no território. Quando milhões de pessoas fazem o mesmo, o impacto é gigantesco. Esse é o efeito dominó: pequenas ações individuais que, multiplicadas, geram transformações sistêmicas.


É importante reconhecer um limite: enquanto nossa economia continuar baseada em combustíveis fósseis, na produção massiva de plástico descartável e na negligência dos limites planetários por parte de governos e grandes corporações, o esforço individual será sempre uma gota no oceano.

É aqui que a cidadania se torna ainda mais poderosa. Como nos lembrou o ex vice-presidente americano e fundador e CEO da ONG The Climate Reality Project Al Gore, em sua passagem pelo Rio de Janeiro em agosto deste ano:

Os cargos públicos são recursos renováveis através do nosso voto, e a produção industrial é um recurso renovável através das nossas escolhas como consumidores

Ou seja, não basta mudar hábitos no cotidiano — precisamos também cobrar governantes, apoiar lideranças comprometidas com o clima e direcionar nosso consumo para empresas que assumem responsabilidade socioambiental.


São esses dois movimentos, juntos, que podem acelerar a transição para um modelo de desenvolvimento verdadeiramente sustentável.


Conclusão: escolhas moldam o futuro


As COPs têm seu papel, e precisamos que avancem com mais rapidez e coragem. Mas se ficarmos apenas esperando por elas, será tarde demais. O futuro não será decidido apenas em Belém, na COP 30, ou em qualquer outra cidade que receba o evento. Ele está sendo moldado agora, no carrinho de supermercado, no botão de ligar a luz, no destino dado ao lixo que produzimos e na escolha dos nossos governantes.

The Climate Reality Project - É conosco


Conheça o The Climate Reality Project Brasil, a filial brasileira do The Climate Reality Project, organização global criada pelo ex-vice-presidente e Nobel da Paz, Al Gore em 2006, com uma rede de mais de 20 mil voluntários pelo mundo, sendo quase 4 mil localizados no Brasil.

8 comentários


gabilesohbet
há 7 dias

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chenyi smart
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chenyi smart
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chenyi smart
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04 de out.

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